Até o Último Homem conta a história real do soldado e socorrista Desmond Doss, que lutou na Batalha de Okinawa, ocorrida no Japão durante a Segunda Guerra Mundial.
Desmond cresceu traumatizado com a violência familiar que presenciava dentro de sua casa. O pai, ex-militar e muito rancoroso em relação a guerra, bebia e batia em sua esposa, mãe do garoto e mais um menino.
Em uma briga com o irmão quando ainda eram crianças, Desmond acerta sua cabeça com um tijolo, e o acontecimento que quase leva a morte o deixa bastante arrependido. Alguns anos mais tarde, ele ameaça seu pai com uma arma para proteger sua mãe durante uma briga, e depois daquilo promete nunca tirar a vida de alguém e nunca mais tocar em uma arma.
Adventista, Desmond se torna um bom cristão, bastante religioso, simples, e com uma espiritualidade diferente da dos demais. Conhece no hospital uma enfermeira por quem se apaixona a primeira vista. Após o ataque a Pearl Harbor, decide que precisa se alistar assim como os demais homens e rapazes de sua idade. Deixa sua amada com a intenção de se casarem logo quando puder reencontrá-la.
Assim que começa o treinamento militar, Desmond revela que não tocaria em armas, e sua “desobediência” as ordens dos superiores faz com que sofra violência e perseguição por parte de seus companheiros de batalhão, que o chamavam de covarde e riam de suas convicções religiosas. Além disso, Desmond é preso e enfrenta uma espécie de “júri”, quando finalmente consegue permissão para ir à guerra como socorrista sem carregar armas – tudo graças a uma ajuda de seu pai..
Quando a guerra toma conta do filme, tudo se torna aflição e desespero. Com cenas fortes, na sala de cinema a sensação é de que estamos na batalha junto com os soldados, e se torna impossível esquecer que, no meio da matança, Desmond não carrega arma alguma para se defender.
Com o respeito que acabou ganhando de alguns soldados, contudo, ele consegue cobertura em alguns momentos, tudo contribuindo para ainda mais emoção. Torcendo para Desmond, acabamos por tomar o lado dos americanos enquanto esquecemos que no outro lado – o Japão – há também vidas que não necessariamente gostariam de estar ali, e que ao morrerem deixam para trás famílias e amigos.
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